A Origem de Ponto Chique
Às margens do majestoso Rio São Francisco, floresceu um antigo vilarejo conhecido como Paracatu de Seis Dedos. Os moradores viviam da agricultura ao longo do rio, mas enfrentavam desafios com as cheias anuais que arrasavam suas plantações.
Essas terras pertenciam à Igreja, e entre os influentes habitantes destacavam-se Raimundo Campolino, João Santana, Miguel Carênce e José Rodrigues.
Após sucessivas cheias, o vilarejo foi se desintegrando, com a última enchente ocorrendo em 1945, destruindo totalmente a comunidade. Desabrigados, os moradores uniram-se em busca de uma solução, liderados por Nestor Alves Clementino e Gonçalo Ramos.
Nestor propôs a troca das terras da Igreja por outras localizadas fora das margens do Rio São Francisco. Um grande fazendeiro, Raimundo Campolino, aceitou realizar a troca com Nestor.
Contudo, Nestor enfrentou forte oposição liderada por Gonçalo, que suspeitava de um romance entre Nestor e sua esposa, recusando-se a seguir com ele para as novas terras.
Em 1946, Gonçalo adquiriu um terreno na margem esquerda do rio e levou parte da população, fundando o povoado de Cachoeira do Manteiga. Por outro lado, os seguidores de Nestor estabeleceram-se nas novas terras, criando o povoado de Ponto Chique, assim nomeado por sua beleza natural.
Os habitantes, originários do antigo Paracatu de Seis Dedos, batizaram o novo local de Ponto Chique, iniciando assim o povoamento da região.
Localizado no Alto Médio São Francisco, ao norte de Minas Gerais, e pertencente à região administrativa AMAMS (Associação dos Municípios da Área Mineira da Adene), Ponto Chique possui um relevo predominantemente plano.
O clima temperado e o solo fértil favorecem a alta produtividade agropecuária. A vegetação natural é composta por cerrados e campos, com vastas áreas de terras cultivadas.
As propriedades rurais cultivam diversos produtos, como feijão, milho, arroz, mandioca e cana-de-açúcar. A pecuária é significativa, com um rebanho de gado de corte e leiteiro estimado em mais de 33.000 cabeças. O comércio diversificado é representado por 46 estabelecimentos, sendo 31 na zona urbana e 15 na zona rural. A indústria extrativa explora o carvão vegetal, e há também fábricas de aguardente e de beneficiamento de madeira.
Anteriormente distrito de Ubaí, Ponto Chique foi emancipado politicamente em 21 de dezembro de 1995, tornando-se independente.
Fonte: http://wwwpontochique.blogspot.com.br/p/historia.html